INFLAÇÃO


Diretora do FMI cita Brasil como bom exemplo na luta contra inflação.

Em visita a São Paulo, Kristalina Georgieva chamou a reforma tributária de 'histórica'.

O Brasil deu um "bom exemplo" ao apertar as condições monetárias e subir as taxas de juros para conter a inflação durante a pandemia, na opinião da diretora-geral do FMI (Fundo Monetário Internacional), Kristalina Georgieva.

Em visita a São Paulo para o encontro de ministros das finanças do G20, presidido neste ano pelo Brasil, ela ainda chamou de "histórica" a reforma tributária aprovada no ano passado.

"A resposta firme e antecipada do Brasil ao aumento da inflação durante a pandemia é um bom exemplo de como a agilidade na formulação de políticas pode render frutos.

O Banco Central do Brasil foi um dos primeiros bancos centrais a elevar os juros e, em seguida, relaxar a política à medida que a inflação voltava para o intervalo da meta", escreveu Georgieva em texto publicado no site do FMI.

Para ela, os bancos centrais "acertam ao se concentrar em concluir o trabalho de trazer a inflação de volta à meta", ou seja, ao começarem a baixar as taxas de juros depois de o ritmo de aumento dos preços desacelerar.

Ela alerta, porém, que "o núcleo da inflação permanece elevado em muitos países" e que as autoridades precisam estar atentas para "evitar flexibilizar cedo ou rápido demais", momento em que cita o Brasil como bom exemplo.

Georgieva afirma que uma iniciativa conjunta do FMI com o Banco Mundial irá "ajudar os países a reforçar a mobilização de recursos internos."

A diretora-geral do FMI se reuniu de forma virtual nesta segunda (26) com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad —o encontro deveria ter acontecido de forma presencial, mas o petista recebeu diagnóstico de Covid-19.



FOLHA DE SÃO PAULO
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