ALEMANHA | MODELO PREVIDENCIÁRIO


Na Alemanha empregadores defendem novos estímulos à previdência privada e no Brasil queda no número de contribuintes na previdência básica é ameaça

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O debate sobre a insustentabilidade do atual modelo previdenciário ferve na Alemanha, mostra a nova edição da Revista da Previdência Complementar, publicada pela Abrapp. 


Segundo o Ageing Report de 2024, elaborado pela Comissão Europeia, o pilar estatal alemão, responsável pelo pagamento de aposentadorias e pensões a 87% dos trabalhadores, consome 10,2% do PIB (2022), devendo chegar a 11,4% até 2070. 


Um terço dos gastos do sistema público já é arcado pelo governo federal, o equivalente a cerca de 120 bilhões de euros anuais, montante que deve dobrar até 2050.

O aumento gradual da idade mínima para aposentadoria – dos atuais 65 anos e 11 meses para 67 anos até 2031 – não será suficiente para resolver.  


Especialistas defendem 68 anos, mas o Chanceler Olaf Scholz é contra, por não confiar nos cálculos e achar socialmente injusto.

 

Assim, o problema permanece e esquenta o debate, mesmo porque, segundo a agência de notícias Deutsche Welle (DW), em 1960 havia seis trabalhadores ativos para cada aposentado. Hoje, essa proporção é de 2 para 1.

Rainer Dulger, Presidente da Confederação Alemã de Associações de Empregadores, tem afirmado reiteradamente que o sistema em breve se tornará insustentável se não houver uma nova reforma. 


Entre as soluções por ele apontadas, o estímulo à previdência privada, incluindo a possibilidade de se contribuir mais com tratamento tributário diferenciado e receber os benefícios de variadas formas.

E em 2070, no Brasil a razão entre o número de contribuintes do sistema de aposentadorias e o número de pessoas que recebem o benefício deve chegar a 1,3.


Atualmente, essa proporção é de quatro para cada beneficiário, diz hoje (2) jornal do Rio em manchete de primeira página.

A razão basicamente é o envelhecimento mais rápido da população brasileira, acompanhado por uma redução no universo de pessoas com idade para trabalhar. 


Nos últimos 40 anos, o universo de contribuintes para a Previdência, considerando aqueles com idade entre 15 e 59 anos, em relação à quantidade de aposentados — com 60 anos ou mais — caiu mais da metade. 


Em 1980, a proporção era de nove pagantes para cada pessoa que recebia o benefício. 


A expectativa é que essa razão continue caindo. Em 2034, por exemplo, deve baixar para três e chegar a dois em 2048.



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