A Justiça tem
admitido o cancelamento de contratos de planos de saúde de empresas e usuários
que cometeram fraudes. São comuns uso de carteirinhas por terceiros, pedidos de
reembolso de consultas e exames não realizados, além de insumos não utilizados,
e a apresentação de falsos vínculos de emprego em planos coletivos. A conta é
alta: R$ 27,8 bilhões foram consumidos indevidamente por fraudes em contas
hospitalares e desperdícios com procedimentos desnecessários em 2017, segundo
levantamento do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
Reinaldo Scheibe,
presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), afirma que as
fraudes atingem todo o setor. "É uma preocupação constante de todos os
planos de saúde. Eles têm que estar atentos 24 horas por dia", diz. Ele
destaca casos curiosos, como o de internação de pessoa em situação grave, com
nome de segurado e documento falso. O problema normalmente é descoberto após a
morte do paciente, o que tem gerado ação policial.
Uma fraude comum,
segundo os planos, é a indicação de beneficiário sem vínculo empregatício com o
contratante
VALOR ECONÔMICO