Reajuste negativo eleva pressão sobre mercado de
planos de saúde.
Passa de 8% o
desconto definido pela ANS para os individuais neste ano.
A determinação de um reajuste negativo anunciada pela ANS (Agência Nacional de Saúde
Suplementar) nesta quinta (8) para os planos de saúde individuais e familiares
vai aumentar a pressão para que os planos coletivos também segurem os preços,
segundo as previsões de altos executivos do setor.
Atualmente, o órgão não tem
controle sobre os valores cobrados nos coletivos, que representam mais de 80%
do mercado, mas há receio nas empresas de que a regulação avance sobre a
categoria.
Passa de 8% o desconto definido pela ANS para os individuais
neste ano.
O cálculo foi puxado pelos efeitos da pandemia, que adiou
procedimentos eletivos, como cirurgias e exames sem urgência, derrubando a taxa
de sinistralidade, o que beneficiou as operadoras em 2020.
O reajuste negativo
era previsto há meses e sofreu muita pressão contrária do setor.
Reservadamente,
alguns executivos admitem que aumentos acima de dois dígitos nos planos coletivos
são impensáveis no cenário da pandemia.
Uma parte do setor defende que as
companhias façam um gesto aos consumidores e segurem os preços dos coletivos,
até para evitar iniciativas de interferência do governo.
A sugestão dessa
ala do mercado é aplicar correção de um dígito, ou nem elevar os preços dos
coletivos neste ano, e fazer a recomposição no ano que vem.
FOLHA DE SÃO PAULO