Baixo
crescimento deixa Brasil menos atraente para investidores.
Risco de recessão global e retórica
belicosa de Bolsonaro são complicadores para donos do capita
Investidores
americanos têm adiado suas apostas no Brasil diante do baixo crescimento econômico e do pouco
estímulo fiscal oferecido hoje pelo país.
As
previsões do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro —abaixo de 1% para este ano— atreladas à queda da produtividade e a taxas de juros menos atraentes para o capital
estrangeiro desanimaram os donos do dinheiro.
Empresários
e agentes do mercado financeiro têm buscado na Ásia alternativas mais rentáveis
em um cenário marcado também pela guerra comercial entre Estados Unidos e China
e pela ameaça de uma recessão global.
A avaliação entre analistas é que a recuperação econômica
do Brasil tem sido mais lenta do que o esperado, e a
iminência de uma crise mundial —que afetaria primeiro as
nações emergentes— tem concedido certa vantagem a países com mercado consumidor
crescente, como Vietnã, Bangladesh e Índia.
A
agenda de reformas do governo Jair Bolsonaro ainda é vista com otimismo pelo
investidor americano, porém não é mais suficiente para atrair novos
recursos ao mercado brasileiro.
A
solução apontada pelos especialistas é acelerar a desburocratização e a abertura econômica para que os resultados
sejam sentidos e apareçam nos indicadores.
Os
investidores estão monitorando a viabilidade das reformas e seus reflexos
diretos no crescimento econômico para reiniciar as apostas no Brasil.
Porém,
apesar de a agenda liberal do governo manter o país sob observação, quem
acompanha a movimentação de capital nos Estados Unidos diz que não haverá
entrada maciça de investimentos em território brasileiro nos próximos
meses.
VALOR ECONÔMICO