Por que somos 'programados' a cooperar - mas isso
nem sempre funciona.
Pesquisadora
britânica explica, em livro, as origens e 'superpoderes' da cooperação humana.
A cooperação é tanto o "superpoder" da raça
humana e o motivo pelo qual evoluímos como espécie, quanto
nossa fragilidade — seja quando cooperamos de um jeito ruim, por exemplo por
meios corruptos, seja pela nossa dificuldade em coordenar a resposta a problemas globais, como a pandemia ou as
mudanças climáticas.
Como, então,
podemos estimular a "boa" cooperação entre as pessoas e as
sociedades, de forma a superar desafios que temos em comum?
Essa pergunta é uma das que permeiam o trabalho
da psicóloga britânica Nichola Raihani, professora de evolução e comportamento
na prestigiosa Universidade College London, no Reino Unido, e autora do livro
recém-lançado The Social Instinct - How Cooperation Shaped the World (O instinto social - como a cooperação moldou o mundo,
ainda sem tradução em português).
"(Essa) palavra virou sinônimo de
metáforas corporativas insossas, evocando imagens de apertos de mão e trabalho
em equipe animado.
Mas a cooperação é muito mais do que isso: está costurada no
tecido das nossas vidas, das atividades mais mundanas, como o transporte
público para o trabalho, às nossas conquistas mais extraordinárias, como os
foguetes lançados no espaço", escreve Raihani no livro.
A autora conversou com a BBC News Brasil sobre
o poder de cooperação entre humanos e também entre
outras espécies, explicou por que a
orientação ideológica muda nossa percepção sobre o que é cooperar e por que até
mesmo a corrupção é uma forma de cooperação — uma que precisamos inibir
constantemente.
BBC NEWS