Começou ontem a quarta edição da Semana Nacional de Educação Financeira (Enef), cujo objetivo é conscientizar a população sobre a importância do planejamento financeiro. Até o dia 14, haverá, por todo o país, palestras, seminários e cursos, tanto presenciais como on-line.

Na abertura da Enef, a Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil) vai apresentar os resultados das oficinas voltadas para adultos, promovidas em 49 municípios brasileiros, espalhados por 16 estados, e o Distrito Federal. Participaram cerca de 6.500 pessoas, entre aposentados com renda de até dois salários mínimos e mulheres beneficiárias do Bolsa Família.

Entre as beneficiárias do Bolsa Família, o valor da poupança formal deu um salto, de R$ 44 para R$ 107. Já entre os aposentados, o índice de aposentados que se consideram sem dívidas passou de 40% para 66% após as oficinas.

Para a superintendente da AEF-Brasil, Claudia Fortes, a maior conquista das oficinas é conseguir que as pessoas mudem seu comportamento: “é apagar a luz, fechar a torneira”. Isso resulta em uma maior capacidade de poupar, o que, ressalta Claudia, não é a mesma coisa que não gastar.

— Deixou de consumir? Não, passou a consumir de forma consciente — diz.

As metodologias desenvolvidas pela AEF-Brasil incluem cofres, agendas e até uma telenovela. Elas serão repassadas aos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento Social, para que estes as disseminem entre os 18,5 milhões de aposentados (até dois salários mínimos) e as 45 mulheres que recebem o Bolsa Família.

O evento é coordenado pelo Comitê Nacional de Educação Financeira, formado pelos ministérios da Justiça, Educação e Fazenda, e de entidades como Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), B3 (antiga Bovespa), AEF-Brasil, CNSeg e Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), entre outras.