Giambiagi:
os motivos que pedem novos ajustes na Previdência
Economista
Fábio Giambiagi, um dos maiores especialistas do País em assuntos
previdenciários, no artigo Cedo ou Tarde, diz que a discussão sobre previdência
voltará à pauta, visando nova rodada de ajustes.
"A reforma de 2019
representou uma mudança expressiva. Entretanto, a ideia de que ela “reduziu a
despesa da previdência” é equivocada.
Em termos físicos, o número anual de
benefícios previdenciários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) cresceu
1,6% em 2019, novamente 1,6% em 2020 e 1,1% em 2021", observa Giambiagi.
Ele acrescenta: "Finalmente, um dado que impressiona: na
média dos últimos cinco anos, a variação física média anual do número de
aposentadorias urbanas por idade aumentou 6,1% ao ano.
O que se explica
considerando que as aposentadorias por idade dos homens não sofreram mudança
até agora".
Ao mesmo tempo, as mudanças demográficas continuam ocorrendo, o
INSS prossegue tomando espaço dos demais gastos e as despesas discricionárias
continuam sendo achatadas.
Vai chegar um momento em que será preciso voltar a
encarar a questão, acredita Giambiagi.
O ESTADO DE SÃO PAULO