IPEA


Proposta do Ipea para recuperação prioriza investimento privado em vez de público.

Instituto defende manutenção do teto de gastos.

Centrado na manutenção do equilíbrio fiscal, o conjunto de medidas proposto pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) para acelerar o desenvolvimento econômico pós-pandemia prioriza o incentivo ao investimento privado em vez do público.

Em linha com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o documento defende a realização de reformas estruturais --como novas flexibilizações do mercado de trabalho e maior abertura ao comércio exterior-- para acelerar a recuperação econômica.

Com a crise econômica global decorrente da pandemia, muitos economistas passaram a defender a flexibilização do teto de gastos para abrir espaço no Orçamento para ampliação dos investimentos públicos como estratégia de combate à crise.

Nesta terça (21), os países membros da União Europeia, por exemplo, aprovaram um pacote de mais de 1,8 trilhão de euros (R$ 11 trilhões) para reconstrução da economia do bloco no pós-pandemia.

Na avaliação do Ipea, no entanto, a manutenção do teto é condição necessária para a retomada da economia.

As propostas do Ipea de dividem em quatro eixos: atividade produtiva e reconstrução das cadeias de produção, inserção internacional, investimento em infraestrutura e proteção econômica e social de populações vulneráveis. Todas são voltadas para o curto e médio prazo.

No cenário em que são implementadas reformas fiscais, tributária e microeconômicas (chamado de “transformador”), o Ipea prevê uma taxa acumulada de crescimento do PIB de 42,5% entre 2021 e 2021, quase o dobro do percentual estimado no cenário de referência pós-pandemia (25,1%).

Entre as medidas voltadas para a atividade produtiva, o Ipea propõe a concessão de empréstimo sem juros a empresas com faturamento bruto anual inferior a R$ 4,8 milhões com carência de um ano condicionado à manutenção dos empregos durante os seis meses posteriores ao fim do isolamento social.



FOLHA DE SÃO PAULO
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