CENÁRIO ECONÔMICO


Câmbio

Um dos principais destaques do mês foi a desvalorização do real impulsionada por questões internas e externas. Após o ministros Paulo Guedes falar que o câmbio de equilíbrio tende a ser mais alto, o câmbio chegou ao preço mais alto. A desvalorização do BRL é um resultado de um carrego muito barato do Real em relação as outras moedas emergentes, dado pela queda na taxa de juros no Brasil.

O mês de Novembro foi marcado por um dos melhores indicadores de performance da economia, a evolução da performance das empresas. Os resultados positivos são reflexo do aumento de investimentos, crescimento do consumo e aumento da confiança na população. Atualmente, estão refletidos nos lucros o crescimento do consumo e o aumento da confiança, enquanto os investimentos crescem de forma mais modesta devido à alta capacidade ociosa.

Com a disparada do USD, o Banco Central do Brasil interviu através de swap cambial, dizendo que pretende reduzir a volatilidade do mercado, reduzindo a alta da moeda. Outro fator importante foram os dados de exportação que a havia sido reportado que o país tinha exportado US$ 9,7 bilhões nas primeiras quatro semanas de novembro e depois revisou para US$ 13,5 bilhões. A diferença fez o saldo comercial passar de um déficit de US$ 1,1 bilhão para um superávit de US$ 2,7 bilhões.

No curto prazo, há ainda o contágio da conturbada situação latinoamericana, que passa por uma onda de protestos principalmente no Chile e na Colômbia, fazendo com que o peso colombiano e o chileno atingissem as mínimas históricas ante o dólar.

O Boletim Focus do BACEN, do dia 02 de dezembro, projeta taxa de R$ 4,10 no final de 2019 (contra R$ 4,00 de 4 semanas atrás), R$ 4,01 para 2020, R$ 4,00 para 2021. 

Juros

O salto do dólar, o aumento do preço das proteínas e o nervosismo político na América Latina levaram o investidor a reduzir a exposição ao risco nos últimos dias, fazendo a curva de juros nominal retornar ao mesmo patamar de meados de Setembro.

O juro baixo também leva as empresas brasileiras a trocarem dívida em dólar por dívida em real. Além disso, com a proximidade do fim do ano, multinacionais remetem lucros para o exterior.

Lá fora, as incertezas com a guerra comercial levam os investidores a buscarem proteção no dólar, o que tem impedido a moeda americana de se enfraquecer globalmente mesmo quando as bolsas sobem.

O custo do contrato de swap de default de crédito (CDS, na sigla em inglês), que serve como uma espécie de seguro contra calote do Brasil subiu. Para uma dívida de cinco anos, o custo aumentou de 115 pontos, segundo dados da provedora Markit, o menor nível desde 10 de maio de 2013, para 125 pontos.

Bolsa

A economia brasileira teve expansão de 0,6% entre julho e setembro de 2019, em relação aos três meses antecedentes. Perante o mesmo período do calendário anterior, houve crescimento de 1,2%.

A turbulência cambial na última semana de novembro custou uma boa parte da rentabilidade do Ibovespa no mês, mas, mesmo assim, o índice conseguiu completar o terceiro ganho acumulado mensal consecutivo. No mês, a alta foi de 0,95%, no ano o Ibovespa acumula ganho de 23,15%, amparado pela forte demanda dos investidores locais (institucionais e pessoas físicas).

A comparação entre o SMAL11 e o BOVA11, mostra que os papéis que compõe o SMALL11 (cíclicos locais) apresentam melhor desempenho que o BOVA11 (ponderado por 5 principais papéis Ambev, Bancos, Petrobrás e Vale).



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