PIB


Bancos melhoram projeções para PIB do Brasil, mas mantêm alerta sobre desaceleração

Apesar de revisões de alta para o segundo semestre, instituições ainda veem ritmo mais fraco.

divulgação nesta quinta-feira (2) do PIB brasileiro do primeiro trimestre acionou uma série de revisões de alta nos prognósticos para a atividade por parte dos bancos, que seguem vendo ritmo mais fraco no segundo semestre, mas agora talvez na forma de uma desaceleração mais gradual.

O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro teve crescimento de 1,0% na comparação com os últimos três meses de 2021, acelerando em relação ao fim do ano passado, quando avançou 0,7% sobre o trimestre anterior. 

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Itaú Unibanco aumentou para 1,6% a taxa de crescimento esperado para 2022, de 1,0% do cenário prévio, e projeta elevação de 0,8% do PIB no segundo trimestre.

O Citi dobrou sua estimativa de expansão da economia neste ano para 1,4%, de 0,7% antes, depois de classificar a performance dos primeiros três meses do ano como "robusta" e citar que a recuperação no mercado de trabalho teve papel no impulso do consumo privado, que puxou os resultados de janeiro a março.

O JPMorgan prevê que o segundo trimestre do ano deverá ser "mais forte" do que o banco estava esperando e calcula aumento do PIB de 1,5% entre abril e junho sobre o primeiro trimestre do ano —em taxa anualizada com ajuste sazonal. 

O número cheio para 2022 foi elevado a 1,2%, de 1% do cenário anterior.

O Santander Brasil agora vê a atividade econômica em alta de 1,2% em 2022, bem acima do prognóstico anterior, de aumento de 0,7%, citando "surpresas positivas que melhoraram a perspectiva" para o primeiro semestre e a consolidação da reabertura econômica, a recuperação do mercado de trabalho e o fortalecimento de setores menos cíclicos relacionados às commodities.

Em revisão de cenário macro, o banco espanhol disse esperar variação positiva de 0,2% no PIB do segundo trimestre sobre o primeiro (com ajuste sazonal). 

Nas contas do Santander, entre julho e setembro a economia ficará parada, já sob efeitos de uma política monetária contracionista, e no quarto trimestre sofrerá retração de 0,4%.



FOLHA DE SÃO PAULO
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