SEGMENTO COMERCIO


Grandes redes de lojas miram bancos digitais.

Segmento fala em expandir oferta e atividade no sistema financeiro.

A pandemia do coronavírus intensificou a digitalização de produtos e serviços financeiros nas redes de varejo. 

Na prática, muitas já atuam, ou trabalham para poder atuar em breve, como se fossem bancos digitais.

Renner, Marisa, Riachuelo, e também Casas Bahia e Ponto Frio, da Via Varejo, são algumas das redes envolvidas nessa transformação financeira.

Além de uma maior demanda por parcerias com fintechs (instituições que usam tecnologia para oferecer serviços financeiros), um número crescente de lojistas busca autorização do BC (Banco Central) para atuar no sistema financeiro como bancos e para ampliar o portfólio na área.

A lista de produtos oferecidos já inclui desde os cartões de marca própria e co-branded (feitos em parceria com bandeiras ou emissores) até a venda de seguros e pequenos empréstimos —este último oferecido como forma de saque nas lojas físicas e pagamento por meio de carnê.

O setor já vinha ampliando a atuação na área financeira, mas acelerou o processo diante do crescente uso de canais digitais na pandemia.

O movimento mais recente foi a autorização que o Carrefour recebeu do BC para atuar como banco múltiplo, em 26 de junho. 

Em maio, a Via Varejo –controladora das varejistas Casas Bahia e Ponto Frio– também concluiu a aquisição do banQi, plataforma de contas digitais.

Para especialistas, a expectativa é que a oferta de produtos e serviços financeiros ganhe cada vez mais participação nas receitas do setor.

“O varejo tem buscado integralizar os diferentes serviços em uma única plataforma e acabam fazendo o serviço de um banco na própria loja. 

O serviço financeiro é bastante rentável e, por mais que o negócio ainda seja limitado à base de clientes, é um negócio com potencial relevante”, afirmou o analista da Guide Corretora Henrique Esteter.



FOLHA DE SÃO PAULO
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