VALE


A Union Investment, terceira maior administradora de ativos da Alemanha, vendeu todas suas ações e bônus do grupo minerador Vale, depois do rompimento da barragem de rejeitos em janeiro no Brasil que deixou até o momento 224 pessoas mortas e 69 desaparecidas. Além disso, a Igreja Anglicana já havia vendido a sua participação na Vale, de menos de 10 milhões de libras esterlinas (US$ 13 milhões), dias depois do desastre. Em março, o conselho de ética da Suécia, que assessora vários fundos de pensão, instou a seus clientes a vender suas ações na mineradora brasileira, argumentando "ter perdido a confiança" na companhia.

O fundo de petróleo da Noruega, maior fundo soberano do mundo, que detém participação de 1,1% na Vale, informou ao "Financial Times" que mantém conversas com a empresa desde o desastre de janeiro e que o conselho de ético da Noruega, que assessora o fundo de petróleo sobre a venda de certas participações, está estudando o caso da Vale.

A Union Investment administra € 338 bilhões em ativos e tem participação de mercado de 15% na Alemanha. Era uma pequena acionista da Vale e vendeu a participação no fim de março. "A Vale foi excluída de todos os produtos administrados ativamente por [nós]", afirmou o chefe de questões ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) na Union Investment, Henrik Pontzen.

 

Dois dos quatro fundos de pensão brasileiros que formam o grupo chamado Litel, maior acionista da Vale, com participação de 21%, não responderam os pedidos para comentar o assunto. Os outros dois não quiseram comentá-lo, assim como a Vale.

 



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