TAXA DE JUROS


O forte recuo das taxas de mercado aliado à perspectiva de que a inflação seguirá bastante contida, num mundo em desaceleração, derrubou os juros reais para suas mínimas históricas. 

Analistas apontam que parte do movimento se deve a fatores cíclicos e ainda haveria algum espaço para quedas adicionais no curto prazo, mas destacam que este ainda não pode ser considerado um “novo normal” para a economia brasileira.

Cálculo do Valor Data a partir do contrato de swap de juro de 360 dias descontada a projeção de inflação para um ano indica uma taxa de juro real de 1,37%, o nível mais baixo em toda a série histórica iniciada em 2002.

A agenda de reformas que vem sendo tocada desde 2017 traz um suporte estrutural para a queda do juro real, mas analistas apontam que a mudança não chega a colocar a taxa de equilíbrio em 1%. 

“O nível atual do juro real é passageiro, mas um ‘novo normal’ para as taxas pode incluir níveis mais baixos que os anteriores”, afirma Fernando Rocha, economista-chefe da JGP. 

Quedas adicionais do juro neutro da economia podem vir a exigir  novos avanços no ajuste fiscal, principalmente na redução de gastos obrigatórios.

A mediana das estimativas para a taxa básica de juros caiu de 5,00% para 4,75% no fim de 2019 e de 2020 entre os economistas que mais acertam as previsões, os chamados Top 5, de médio prazo, segundo a pesquisa semanal Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira, baseada em projeções de economistas do mercado coletadas até o fim da semana passada.

Entre os economistas em geral, o ponto-médio para a Selic manteve-se em 5,00% para o fim de 2019 e 2020.



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