O relator da
reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados,
Samuel Moreira (PSDB-SP), apresentou ontem ) o seu parecer e as principais
mudanças em relação ao projeto do Governo;
- o abandono
do regime de capitalização,
- a não extensão
automática das alterações aprovadas no plano federal a estados e
municípios,
- manutenção das
atuais regras do BCP e da aposentadoria rural e
- preservação da
exigência segundo a qual mudanças na previdência só podem ser aprovadas se
tiverem o mínimo de votos requeridos para mudar algo na Constituição.
Além disso
reduziu o tempo mínimo de contribuição exigido para as mulheres se
aposentarem, que caiu para 15 anos, quando o Governo havia proposto 20, o mesmo
dos homens. Pela proposta do Executivo, as professoras se
aposentariam com a mesma idade que os professores, aos 60 anos. O relatório
reduziu para 57 anos a idade no caso das mulheres. Ao mesmo tempo a CSLL
(Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) subiria de 15% para 20% para
bancos e instituições financeiras, medida que traria uma arrecadação extra
de R$ 5 bilhões neste ano e teria potencial de arrecadar R$ 50 bilhões nos
próximos dez anos.
A proposta de
Bolsonaro eliminava o reajuste das aposentadorias pela inflação, como acontece
atualmente. Pela PEC do governo, o cálculo dos reajustes seria definido
posteriormente por meio de uma lei complementar. O relator decidiu manter a
regra como é hoje, com o reajuste dos benefícios pela inflação, para que eles
não percam valor real.
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