Novos idosos chegam à velhice com mais doenças crônicas e limitações em SP


Cenário pode estar ligado a fatores comportamentais, como sedentarismo, e mais diagnósticos.

Os novos idosos paulistanos estão chegando à velhice com mais doenças crônicas e limitações do que os seus antecessores.

Em 16 anos, a taxa de diabetes na faixa etária de 60 a 64 anos pulou de 18% para 25%. E a de câncer quase triplicou: de 3% para 8%. Em 2000, 32% relatavam doença articular. Em 2016, foram 33%.

Esse cenário aparece em estudo da USP, o Sabe (Saúde, Bem-estar e Envelhecimento), que acompanha o envelhecer na cidade de São Paulo desde 2000. A cada cinco anos um novo grupo de idosos entra no estudo, que atualmente reúne um total de 1.540.

O trabalho faz parte de um projeto da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) que envolve sete centros urbanos no mundo --São Paulo, Buenos Aires (Argentina), Montevidéu (Uruguai), Santiago (Chile), Havana (Cuba), Cidade do México (México) e Bridgetown (Barbados).

De 2000 a 2016, o índice de idosos com dificuldade de realizar atividades básicas, como tomar banho, ir ao banheiro, comer e se vestir sozinho, pulou de 10% para 16%.

Em relação às chamadas atividades instrumentais, como utilizar transportes, fazer compras e cuidar do seu dinheiro, a taxa passou de 23% para 36%.

De acordo com Yeda Duarte, pesquisadora da USP e coordenadora do estudo, 21% desses idosos jovens estão em uma situação de fragilidade, por exemplo, com fadiga, redução da força muscular e da velocidade da caminhada. São pelo menos 110 mil nessa situação



FOLHA DE SÃO PAULO
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