Relator culpa Planalto e se diz pessimista sobre aprovação da Previdência


O relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), disse que parte da culpa pela dificuldade em votar a proposta na Casa é da articulação política do Palácio do Planalto. Ele elencou pelo menos dois erros: o atraso na nomeação do deputado Carlos Marun (MDB) para a Secretaria de Governo e as punições aplicadas a deputados que votaram pela aceitação das duas denúncias contra o presidente Michel Temer.

“Se tivesse nomeado o Marun antes, as coisas já estariam adiantadas” afirmou Oliveira Maia. O emedebista assumiu a pasta, que é responsável pela articulação política do governo, em 15 de dezembro. A nomeação atendeu a pressão de partidos da base aliada, entre eles, PP, PR e MDB, que desde agosto reclamavam da atuação do antecessor de Marun no cargo, o deputado Antonio Imbassahy (PSDB). Desde que assumiu, Marun tem feito defesa enfática da reforma da Previdência.

O relator da reforma também avaliou como um erro a decisão do Palácio do Planalto de punir, com a retirada de cargos nos Estados, os deputados de partidos da base aliada que votaram a favor da aceitação das duas denúncias contra Temer apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Para Oliveira Maia, a punição fez muitos parlamentares se afastarem ainda mais do governo e manterem voto contrário ou decidirem votar contra a reforma.

O parlamentar baiano ainda se disse pessimista em relação às chances de votar e aprovar a reforma ainda este ano no Congresso Nacional. “Está muito difícil. Todos nós estamos muito pessimistas”, afirmou, quando questionado se também compartilhava do pessimismo do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM). O relator ressaltou, porém, que não vai jogar a toalha e que vai seguir negociando com as bancadas concessões na reforma, desde que tragam votos favoráveis à matéria.



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