Para o
ex-diretor do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Igino Zucchi de
Mattos, a concessão feita pelo governo federal aos caminhoneiros de não cobrar
pedágio sobre o terceiro eixo livre dos caminhões deverá provocar mudanças
importantes no modelo de concessões desenvolvido no âmbito do PPI. “O modelo
prevê que todos os eixos sejam pedagiados, se você dá isenção para um eixo uma
parte da receita projetada deixa de existir, então o modelo tem que ser
revisto”, explica Mattos.
Ele irá falar no fórum “Perspectivas
de Investimento para o 2º Semestre”, promovido pela revista Investidor
Institucional, sobre o tema “Financiamentos à área de Infraestrutura. Segundo
ele, a nova Resolução 4661 abre novas perspectivas para os fundos de
infraestrutura, uma vez que “os ativos passam a ser classificados corretamente
como Renda Fixa, com limite de 20% para ativos de dívida com amparo na Lei
12.431”. Anteriormente, ainda de acordo com Mattos, esses ativos eram
classificados como investimentos em SPE e suas exigências”.
Ainda de acordo com Mattos, a
infraestrutura brasileira precisaria de investimentos da ordem de R$ 200
bilhões ao ano, sendo que o BNDES financia apenas R$ 30 bilhões ao ano e o BNB
outros R$ 10 bilhões. Segundo ele, isso abre importantes espaços de investimento
para institucionais, que são aplicadores de longo prazo.
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