A semana na Câmara
dos Deputados vai começar com as últimas negociações entre equipe econômica,
líderes partidários e governadores para uma possível reinclusão de estados e
municípios na reforma da Previdência ainda na comissão especial que trata do
tema.
Lembrando que pelo projeto enviado pelo
governo federal, a proposta de emenda à Constituição (PEC 6/19) da reforma da
Previdência valeria automaticamente para servidores dos estados e dos
municípios, sem necessidade de aprovação pelos legislativos locais, mas esse
ponto foi retirado do parecer do relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
disse que voltará a se reunir com governadores nesta terça-feira (2). Se houver
acordo, a inclusão dos governos locais na reforma entrará no voto complementar
do relator, cuja leitura está marcada também para hoje comissão especial.
Rodrigo Maia mantém a expectativa de votar a
PEC 6/19 no plenário da Câmara antes do recesso parlamentar, que começa em 18
de julho.
Por outro lado,
o PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, decide hoje se abrirá
mão de apresentar destaques ao parecer da reforma da Previdência, do deputado
Samuel Moreira (PSDB-SP).
Na sexta-feira, lideranças do PSL indicaram
que atenderão a um pedido do ministro da Economia, Paulo Guedes, que quer
evitar uma "desidratação ainda maior" da proposta de emenda
constitucional (PEC).
A bancada de militares, delegados e policiais
civis, militares e federais do PSL aposta em um destaque para conseguir regras
melhores para profissionais de segurança pública. Alas do partido resistem por
avaliarem que outras categorias também exigiriam destaques favoráveis, o que
poderia 'desidratar muito' o impacto econômico da reforma. Uma reunião
definitiva ocorrerá hoje à tarde, mas a tendência é que a orientação
do presidente nacional do PSL, Luciano Bivar Bivar seja
respeitada.
O ESTADO DE SÃO PAULO