Sinais de ômicron menos grave voltam a levantar
mercados.
Declarações de autoridades sanitárias indicando que
a variante ômicron do coronavírus pode provocar sintomas menos graves do que o
inicialmente esperado impulsionaram mais uma sessão de fortes ganhos nos
mercados mundiais de ações.
Empurrado pelo otimismo global, o Ibovespa,
referência da Bolsa de Valores brasileira, conseguiu sustentar uma alta de
0,65%, a 107.557 pontos, apesar da perda de fôlego nas últimas horas do pregão.
Essa é a quarta alta consecutiva do índice, que
acumula ganhos de 5,51% desde o início de dezembro. Até novembro, a Bolsa
recuou por cinco meses seguidos.
O dólar caiu 1,29%, a R$ 5,6190, também
acompanhando o aumento do apetite de investidores por ativos de risco devido ao
alívio sobre os temores relacionados à nova cepa do vírus da Covid-19.
Esse é o
maior recuo diário da moeda americana desde 11 de novembro, quando a divisa
cedeu 1,76% em relação ao real.
Nos Estados Unidos, o índice Nasdaq disparou 3,03%,
enquanto Dow Jones e S&P 500 saltaram 1,40% e 2,07%, respectivamente.
As principais bolsas da Europa e da Ásia também
fecharam no azul.
Londres, Paris e Frankfurt avançaram 1,49%, 2,91% e
2,82%, nessa ordem. O índice Euro Stoxx 50 disparou 3,36%.
Em Tóquio, a alta foi de 1,89%. A Bolsa de Hong
Kong saltou 2,72%. O índice que acompanha empresas em Xangai e Shenzhen subiu
0,60%.
No mercado de petróleo, o barril do Brent avançou
2,76%, a US$ 75,10 (R$ 423,60).
A valorização da commodity impulsionou a alta
de 1,63% das ações preferenciais da Petrobras.
Ainda no segmento das commodities, a Vale avançou
0,74% após um dia de valorização acima de 5% nos contratos de minério de ferro
para maio de 2022.
Apesar da ausência de estudos conclusivos sobre a
gravidade da nova variante, análises preliminares e declarações de autoridades
sanitárias indicando que a cepa pode não ser tão letal quanto se pensava estão
sustentando um forte movimento de recuperação de ativos ao redor do globo.
O principal especialista em doenças infecciosas dos
Estados Unidos, Anthony Fauci, disse nesta terça-feira que evidências
preliminares indicam que a variante ômicron provavelmente tem um grau mais alto
de transmissibilidade, mas é menos grave.
Embora mais dados sejam necessários, os primeiros
casos indicam menos hospitalizações e pacientes com menos probabilidade de
precisar de oxigênio, disse Fauci, em entrevista na Casa Branca.
REUTERS