BC ainda estuda se moeda digital brasileira será
remunerada ou rastreável.
Campos
Neto afirmou que ainda acerta detalhes e que conversa com outros bancos
centrais sobre o tema.
O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos
Neto, afirmou que a autoridade ainda acerta "pequenos detalhes" de
como será a moeda digital brasileira.
Estão em discussão,
destacou, se ela será remunerada e rastreável, bem como se o BC será o único
emissor.
Campos Neto afirmou que tem conversado com
autoridades monetárias de outros países e que deve haver coordenação entre os
bancos centrais.
O tema foi abordado durante evento virtual
promovido pela Embaixada da Índia nesta quarta-feira (14).
Campos Neto também afirmou que o open banking, ou sistema financeiro aberto,
possibilitará aos clientes receber ofertas de produtos e serviços mais
adequados ao seu perfil e mais baratos.
Além disso, a ferramenta abrirá caminho
para novos modelos de negócio dentro do sistema financeiro.
O open Banking está em implementação no Brasil
desde o início deste ano e vai permitir que o consumidor compartilhe seus dados
e escolha produtos financeiros mais vantajosos em uma única plataforma.
"O projeto pode ter outras dimensões. Temos desenvolvido
novas funcionalidades no Pix que vêm da interação com a sociedade, de entender
as demandas.
Podemos expandir a plataforma para ter maior ganho de
eficiência", disse.
Segundo ele, rápida adesão das pessoas ao sistema de pagamentos
instantâneos foi uma surpresa.
"Esperávamos algo como 20 milhões em seis meses e isso foi
feito em poucos dias. Hoje temos 206 milhões de chaves [no Pix]", afirmou.
FOLHA DE SÃO PAULO