MEIO AMBIENTE


Ligação entre Wall Street e esgotamento da Amazônia é mapeada em relatório.

Com temperaturas globais ultrapassando recordes anteriores, a região está próxima de colapso ambiental, dizem pesquisadores

Alguns dos maiores bancos de Wall Street não estão contabilizando adequadamente os riscos de fazer negócios com empresas de petróleo e gás que operam na floresta amazônica, de acordo com estudo de conservacionistas ambientais.

Relatório publicado pelo Grupo de Pesquisa Stand.earth identifica seis bancos como responsáveis por quase metade de todo financiamento direto para operações de petróleo e gás na Amazônia nos últimos 20 anos.

Citibank, JPMorgan Chase, Itaú Unibanco, Santander, Bank of America e HSBC falharam em "abordar totalmente os impactos adversos de seu financiamento", disseram os pesquisadores. 

O sexto banco —HSBC— foi destacado por ter melhorado suas políticas ambientais.

"A maioria desses bancos afirma defender os direitos humanos e a proteção ambiental, mas, com exceção do HSBC, eles continuam a financiar as operações de empresas estatais e privadas de petróleo e gás no Brasil, PeruColômbia e Equador", escreveram os autores do relatório.

Os bancos têm formulado suas políticas de risco ambiental e social de forma restrita para reduzir avaliações de impacto significativas, de acordo com a Stand.earth e a Coica (Coordenadora das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica), um grupo que representa mais de 500 povos indígenas.

Em alguns casos, a área física que requer triagem representa menos de um quinto da Amazônia, estimam autores do relatório. 

Algumas transações são estruturadas de forma a torná-las mais difíceis de rastrear, afirmam.



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