SAÚDE 1


Em meio aos questionamentos sobre o modelo de remuneração no setor de saúde, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, de São Paulo, abriu em julho de 2017 uma unidade em que todos os procedimentos médicos têm um valor fixo - a maior parte do setor ainda trabalha no formato de conta aberta. 

Dois anos e dois meses após a inauguração, o hospital atingiu seu equilíbrio financeiro e agora está recebendo um novo investimento de R$ 55 milhões para expansão. Essa é uma referência para quem administra planos de saúde no regime de autogestão.

Vale lembrar que o uso da tabela fixa é incentivado pelos planos de saúde, para os quais o seu emprego ajuda a controlar os custos ao evitar cobranças excessivas por parte dos hospitais.

Batizado de Vergueiro, esse é o primeiro hospital do país a operar totalmente neste modelo de remuneração. 

Atualmente, a unidade realiza cerca de 500 procedimentos médicos, ante os 80 de dois anos atrás, quando foi feito um investimento de R$ 112 milhões para sua construção.

“Os maiores desafios dos novos modelos de remuneração são a adesão dos profissionais a protocolos médicos e o acompanhamento do desfecho clínico dos pacientes [após a alta hospitalar], disse Luiz Henrique de Almeida Mota, diretor executivo da unidade Vergueiro do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

 O acompanhamento do paciente após a alta é um indicador importante para evitar que o hospital libere o paciente antes do tempo adequado. 

Como os procedimentos são pagos com um valor fixo, o hospital ganha mais se o paciente ficar menos tempo internado. 

Os profissionais do setor de saúde consideram difícil acompanhar esse indicador, porque o paciente pode vir a apresentar, após a alta, um problema de saúde que não necessariamente tem relação com a doença que provocou a internação.



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