Inflação desacelera em janeiro com taxa de 0,25%,
diz IBGE.
Queda
no preço da energia elétrica segurou alta do índice no mês.
A taxa de inflação em janeiro foi de 0,25%,
divulgou nesta terça (9) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística).
O dado representa uma desaceleração em relação às elevações
observadas nos meses anteriores e que colocaram o mercado em alerta.
O freio na escalada da taxa veio sobretudo da energia elétrica, que registrou queda de
5,6% em janeiro com a entrada em vigor da bandeira tarifária amarela.
Em
dezembro, quando a bandeira tarifária estava vermelha, o
item havia subido 1,35%.
Dessa forma, em janeiro o consumidor passou a pagar menos por eletricidade: um
adicional de R$ 1,343 por 100 quilowatts-hora, enquanto no mês anterior esse
acréscimo era de R$ 6,243.
O grupo de alimentos, por outro lado, continua o principal
responsável pela alta de preços, mas com menor intensidade em janeiro do que o
registrado no segundo semestre de 2020.
O grupo alimentação em bebida registrou alta de 1,02% no mês.
A
influência foi bem menor do que em dezembro (1,74%), o que indica também uma
desaceleração dos preços nesse grupo, que vinham sendo pressionados pela alta
demanda provocada pelo auxílio emergencial.
Outro item que teve alta no mês foram os planos de saúde
(0,66%), que registrou sua maior inflação desde julho de 2019 (0,79%).
O IBGE explicou que a alta é pelo fato de a ANS (Agência
Nacional de Saúde Suplementar) ter determinado que os beneficiários de planos
de saúde terão o reajuste dos valores de 2020 aplicado diluidamente, em 12
meses, contados a partir de janeiro de 2021.
Em agosto, a reguladora determinou a suspensão do aumento das
cobranças anual e por faixa etária por 120 dias, entre setembro e dezembro de
2020.
De março a julho, em meio à pandemia, a ANS contabilizou queda
de 327 mil beneficiários de planos de saúde.
Na análise regional, apenas dois dos 16 locais pesquisados
registraram deflação, sendo o menor resultado em Goiânia (-0,17%). Belém também
teve variação negativa, de 0,03%.
Já a maior inflação foi em Campo Grande, com alta de 0,53%,
influenciado por altas na gasolina e taxas de água e esgoto.
A gasolina, por sinal, também voltou a influenciar o índice
geral, com alta de 2,17%, enquanto o botijão de gás registrou inflação de
3,19%.
FOLHA DE SÃO PAULO