O primeiro ano do governo Lula (PT) registrou um rombo de R$ 230,5 bilhões nas
contas do governo central, o equivalente a 2,12% do PIB.
É o
pior resultado desde 2020, ano da pandemia de Covid-19.
Em números:
- R$ 92,4 bilhões do resultado são de pagamento de
precatórios, dívidas judiciais que haviam sido adiadas pela gestão
de Jair Bolsonaro (PL).
- R$ 138,1 bilhões (1,27% do PIB) seria o déficit caso
fossem desconsideradas as despesas com precatórios. Ainda assim, seria o
pior resultado desde 2020.
- 1% do
PIB era o déficit planejado pela equipe econômica para o primeiro ano da
administração, conforme meta traçada de forma informal pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda).
- R$ 213,6 bilhões (2% do PIB) era o rombo autorizado para
este ano pela LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias).
↳ O que o resultado quer dizer? Que o governo gastou mais do que arrecadou no ano passado –as
despesas com juros da dívida não entram no cálculo do resultado primário.
- O dado agrega estatísticas do Tesouro
Nacional, Banco Central e INSS (Instituto Nacional do Seguro
Social).
↳ O que explica o rombo? Além da regularização dos precatórios, o governo justifica a piora
do fiscal em 2023 a outros efeitos extraordinários.
- O secretário do Tesouro, Rogério Ceron,
aponta, entre eles, a antecipação aos governos regionais das perdas que
eles tiveram com o limite às alíquotas de ICMS sobre combustíveis e
energia (R$ 21 bilhões).
- Ele também citou o aporte de R$ 6,1 bilhões no fundo para alunos
do ensino médio e R$ 1,4 bilhão para capitalização no Banco do Nordeste.
↳ O que podemos esperar pela frente? A equipe econômica segue com o discurso de alcançar
o déficit zero em 2024, algo que é duvidado pelo mercado e pela própria ala
política do governo.
FOLHA DE SÃO PAULO