STF adia julgamento da revisão da vida toda; veja o que está em jogo.
Julgamento volta ao plenário físico na próxima
semana, mas pode recomeçar do zero
O STF (Supremo Tribunal Federal) adiou para a semana que
vem a retomada retoma do julgamento da chamada revisão da vida toda, que possibilita ao
segurado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) usar
todas as suas contribuições previdenciárias para o cálculo de benefício, não
apenas as feitas após julho de 1994.
O julgamento estava marcado para às 16h desta
quinta-feira (1º), mas foi adiado por falta de tempo na sessão de Abertura do Ano Judiciário, que contou com
discursos sobre a volta da harmonia entre as instituições e do respeito à
democracia.
A previsão é de que o processo volte a ser
analisado na quarta-feira (7).
A revisão foi aprovada em dezembro de 2022, por
6 votos a 5, mantendo entendimento do STJ (Superior Tribunal de Justiça), de que, diante de
mudança nas regras previdenciárias, o segurado tem direito a escolher a que lhe
seja mais favorável.
Porém, após o reconhecimento, a AGU (Advocacia-Geral da União), que representa o INSS
na Justiça, entrou com recurso para limitar os efeitos da decisão e o alcance
do pagamento.
O instituto tenta ainda anular decisão do STJ que considerou
constitucional a revisão.
O ministro Alexandre de Moraes interrompeu o julgamento para
retomá-lo no plenário físico do STF.
A revisão é aguardada por aposentados e pensionistas há 20
anos. Os institutos que participam do processo como "amicus curiae"
(amigos da corte), IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário) e
Ieprev (Instituto de Estudos Previdenciários), defendem que a decisão inicial
seja cumprida em sua integralidade.
REUTERS