Bolsa descola do exterior e fecha em alta com
mudanças na reforma do IR.
Fundos imobiliários
também se valorizaram com manutenção de isenções.
Investidores
reagiram positivamente à nova versão da proposta de reforma do IR (Imposto
de Renda) nesta terça-feira (13), levando o Ibovespa a descolar
do viés negativo do exterior.
Segundo parecer do relator, deputado Celso Sabino
(PSDB-PA), o projeto prevê um corte de 12,5 pontos percentuais no tributo sobre
empresas, o que pode beneficiar o mercado de capitais.
A Bolsa brasileira,
que chegou a cair 0,9%, passou a subir após Sabino detalhar substitutivo do texto, que remove a proposta
de tributar fundos imobiliários (FIIs), mas mantém a proposta original do
governo de tributar em 20% os lucros dos dividendos e de acabar com o mecanismo
de JCP (juros sobre capital próprio).
A manutenção da isenção de FIIs, segundo Rafael Ribeiro,
analista da Clear Corretora, beneficia o setor de construção e shoppings na
Bolsa, "uma vez que os fundos são usados como uma forma de
financiamento".
Além disso, a proposta prevê que o lucro real obrigatório
segue apenas para securitizadoras.
Na B3, o índice de FIIs, que sofreu um tombo com o anúncio da
proposta no final de junho, subiu 0,93%.
O Ibovespa fechou
em alta de 0,44%, a 128.167,74 pontos, escapando do viés negativo nos Estados
Unidos.
Com a inflação americana no maior patamar em 13 anos em
junho, investidores se preocupam com um possível fim dos estímulos
monetários antes do previsto.
O S&P 500 caiu
0,35% e o Dow Jones 0,31%. Nasdaq recuou 0,38%.
O dólar, por sua
vez, teve leve alta de 0,15%, a R$ 5,1810. O dólar turismo está a R$ 5,330 .
A
alta veio em linha com o movimento da divisa no exterior, com dados da inflação
americana acima do esperado.
FOLHA DE SÃO PAULO