O comentário da jornalista Miriam
Leitão em sua coluna na edição de domingo (ontem) do jornal reforça as críticas
feitas pela Petros e Previ, detentoras de 22% do capital da BRF, à gestão do
empresário Abílio Diniz à frente do conselho de administração da empresa.
Observa Miriam que quem acompanha de perto a BRF enxerga uma forte correlação
entre a entrada de Abílio e os problemas relacionados à Operação Carne Fraca.
É que, ao levar para a companhia
executivos mais ligados ao setor financeiro, como o ex-presidente Pedro Faria,
a BRF teria simultaneamente cortado custos e se descuidado das questões
sanitárias. E o inferno astral da empresa na Bolsa ficou completo com a
elevação do preço do milho nos mercados internacionais, que elevou o custo da
ração do frango. A expectativa é que, agora, executivos mais ligados ao negócio
de alimentos ganhem força internamente.
O GLOBO