Conta de luz explode e deflagra debate sobre como
reduzir preço.
Reajuste médio no
Nordeste será de 17%, no Sudeste, de 13%; Congresso e governo avaliam tirar
encargos e reduzir impostos.
Após dois anos com
medidas para segurar aumentos, os reajustes da conta de luz serão elevados em
2022.
Os brasileiros vão pagar ao menos 12% mais na tarifa residencial na média
do país, quase 4 pontos percentuais acima do reajuste do ano passado, que foi
de 8%.
O cálculo, feito
pela TR Soluções —empresa de tecnologia especializada em tarifas de energia—,
não leva em conta impostos (que variam de estado para estado) nem a bandeira
tarifária —que, se subir, pode elevar ainda mais o custo da eletricidade.
O maior peso será
sentido pelos moradores da região Nordeste: a tarifa residencial ficará 17%
mais cara no ano em média, praticamente dez pontos percentuais acima do reajuste
médio no ano passado, que foi de 6,9%.
Nos reajustes já divulgados, entre janeiro e
abril, as distribuidoras da região são destaque em aumentos.
Neoenergia Cosern,
no Rio Grande do Norte, teve alta acima de 20%. A Coelba, na Bahia, 21%.
A recordista foi a Enel Ceará, com reajuste
acima de 24%.
O baque foi tão forte no estado que deflagrou uma reação extrema
na bancada do Ceará na Câmara e levantou uma discussão no Congresso e no governo, sobre a necessidade de mudar a
estrutura da conta de luz no Brasil.
FOLHA DE SÃO PAULO