ECONOMIA


Stuhlberger vê possível rebaixamento do Brasil e não espera juro abaixo de 10% em vida.

Em evento do Itaú, gestores da Legacy e Ibiuna também criticam PEC da Transição e expansão fiscal.

A nota de crédito do Brasil pode sofrer um novo rebaixamento diante da expectativa de aumento de gastos com a PEC (proposta de emenda à Constituição) da Transição e de uma política econômica focada em aumento de crédito via bancos públicos.

Essa é a avaliação de economistas que participaram do evento Macrovision do Itaú nesta quinta-feira (8).

Luis Stuhlberger, CEO da Verde Asset Management, afirmou que o novo presidente sinaliza com uma política econômica que vai resultar em juros e inflação mais altos e baixo crescimento.

Para ele, haverá uma repetição da gestão Lula anterior (2003-2010), quando o governo acelerava a economia por meio de gastos e subsídios via bancos públicos, e o Banco Central precisava frear a inflação.

Diante desse cenário, afirmou não descartar um rebaixamento da nota de crédito do Brasil e disse não ter esperança de ver a taxa básica de juros cair abaixo de 10% enquanto ainda estiver vivo —e "ainda pretendo viver bastante", disse o investidor de 68 anos.



FOLHA DE SÃO PAULO
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