Os recibos de ações (ADRs) da mineradora Vale
despencaram na Bolsa de Nova York na sexta-feira (25), reflexo do rompimento de
barragem da companhia em Brumadinho, em Minas Gerais.
Os papéis fecharam em baixa de 8%, a US$
13,66. Na mínima da sessão, os recibos de ações chegaram a perder 12%. As
Bolsas americanas encerrou em alta, enquanto a brasileira está fechada devido
ao feriado de aniversário da cidade de São Paulo.
A barragem que se rompeu em Brumadinho faz
parte do complexo Paraopeba, que produziu 7,3 milhões de toneladas de minério
do terceiro trimestre de 2018, dado mais recente divulgado pela companhia. O
volume representa 7% da produção total de minério de ferro da Vale no período.
A operação da Mina Córrego do Feijão, dentro
do complexo, tem três barragens. No começo da noite, a Vale afirmou que apenas
uma delas se rompeu e a segunda, de proteção, transbordou.
O rompimento ocorreu na Barragem 1, utilizada
para disposição de rejeitos, mas desativada desde 2014. Foi construída em 1976,
com volume de 12,7 milhões de m³.
A Barragem 6 foi construída em 1998, e é
usada “para recirculação de água da planta e contenção de rejeitos em eventos
de emergência”, diz a companhia em seu site. Tinha 1 milhão de m³ de volume.
A Barragem Menezes 2, ainda na Mina Córrego
do Feijão, tem um volume de aproximadamente 290 mil m³ e era utilizada para a
contenção de sedimentos e clarificação do efluente final.
Quando houve o rompimento da barragem de
Mariana, também em Minas Gerais, em novembro de 2015, os papéis da mineradora
recuaram por quatro pregões consecutivos. À época, o recibo de ação era
negociado ao redor de US$ 4 por ação. A Vale é uma das acionistas da Samarco,
responsável pela tragédia de Mariana.
Desde então, a companhia passou por uma
reestruturação societária que resultou na migração da empresa para o Novo
Mercado da B3.
DINHEIRAMA