SAÚDE


Hospitais e planos de saúde divergem quanto aos procedimentos eletivos

A queda de braço entre hospitais e planos de saúde por causa dos atendimentos eletivos avançou nesta semana. Grandes empresas de planos de saúde enviaram comunicado a médicos e clínicas para desestimular a realização de procedimentos não urgentes, desagradando hospitais. 

Credenciados  da Notredame Intermédica também foi avisado que, pelo agravamento da Covid, a empresa não autorizaria procedimento de caso eletivo ou sem emergência e que o adiamento não gere risco de morte.

“Estamos assistindo inúmeras pessoas com sintomas de Covid-19 nas filas e portas de hospitais aguardando leitos, e ainda há severos riscos de desabastecimento de materiais. 

Estranhamente alguns hospitais e médicos estão solicitando autorizações para procedimentos eletivos não urgentes, mesmo diante de falta de leitos”, disse a Notredame em nota.

A SulAmérica também vem desestimulando os eletivos. “É um movimento de conscientização da necessidade de tomarmos medidas possíveis para não sobrecarregar ainda mais profissionais de saúde e hospitais”, diz.

Após as manifestações dos planos de saúde, a Anahp, que reúne hospitais privados, reagiu dizendo que a suspensão de certos procedimentos eletivos pode agravar doenças com consequências para o próprio sistema de saúde. Segundo especialistas no setor, o alto custo do leito de Covid preocupa os hospitais.

A ANS diz que sua recomendação é para que as operadoras priorizem a assistência aos casos graves de Covid e os médicos avaliem a realização de eletivos. 

A agência diz que não prevê a postergação ou a suspensão de prazos máximos estabelecidos.



FOLHA DE SÃO PAULO
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