MUDANÇA CLIMÁTICA


Em fevereiro de calor recorde, temperatura do mar supera índice histórico.

Média global da superfície marinha ultrapassou a de agosto de 2023, o mês mais quente até então.

A temperatura da superfície dos oceanos em fevereiro em todo o mundo foi a mais alta já registrada na história. 

A média para o mês chegou a 21,06°C, quebrando o recorde anterior, de agosto de 2023, quando o índice foi de 20,98°C.

Considerando a temperatura do ar, este também foi o fevereiro mais quente da história. A média foi de 13,54°C, superando em 0,12°C a temperatura do fevereiro mais quente até então, em 2016. 

Desde junho do ano passado, todos os meses quebraram os recordes de calor para aquele respectivo mês.

Os dados foram divulgados na madrugada desta quinta-feira (7) pelo observatório climático europeu Copernicus.

No dia 29, também foi superado o recorde absoluto diário da temperatura do mar, chegando a 21,09°C. 

Na análise da temperatura da superfície marinha global, o Copernicus não inclui as regiões polares, seguindo padrão adotado no monitoramento climático.

"Os oceanos estão quentes devido às altas concentrações de gases de efeito de estufa associadas às emissões humanas", explica o climatologista Alexandre Costa, professor da UECE (Universidade Estadual do Ceará).

"Basicamente, 93% do excedente de calor associado ao aquecimento global fica armazenado nos oceanos. 

E, a partir das correntes oceânicas, parte desse calor é redistribuído, entregue para a atmosfera".

O ano de 2023 —que quebrou todos os recordes e foi o mais quente em 125 mil anos— foi marcado por eventos climáticos extremos, como a seca histórica que atingiu a amazônia, os gigantescos incêndios florestais no Canadá e os alagamentos na China.



FOLHA DE SÃO PAULO
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