Cinco propostas que vão além das essenciais reformas tributária e do Estado.

A segunda: diz respeito ao setor terciário, que engloba serviços e comércio. 

Cabe chamar a atenção a alguns pontos básicos. 

Muita gente não se dá conta de que o setor é responsável por 70% do PIB e 75% dos empregos no Brasil. 

Nada contra estratégias de desenvolvimento (modernas) voltadas para o setor industrial, mas não custa lembrar que nesse setor o potencial de geração de empregos é limitado pela crescente automação que se vê mundo afora.

Tal entendimento deveria orientar as políticas de educação e treinamento na direção do terceiro setor. 

Um bom exemplo são as oportunidades de exportação de serviços, que dependem de um razoável domínio do idioma inglês. Esta deveria sem dúvida ser uma prioridade para o ensino público.

Por fim, não é razoável que o enorme setor de serviços seja bem menos tributado que os demais. 

A resposta passa por uma revisão dos regimes especiais de tributação, como o Simples e o Presumido, que representam um gritante desaforo a qualquer noção de desigualdade horizontal na tributação (ou seja, que rendas iguais sejam tributadas da mesma forma, independentemente do grupo ou setor que se tributa).



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