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Terremoto na Turquia expõe a tragédia de um país com baixa penetração de seguros

O número de mortes por causa do terremoto de magnitude 7,8 que atingiu na semana passada a Turquia e a Síria passou da marca de 40 mil pessoas

A trágica situação que vive a Turquia e a Síria expõem ao mundo muitos alertas sobre como gerenciar riscos. 

Mesmo sendo uma catástrofe natural, a urgência em privilegiar a ética nos negócios. Um dos questionamentos nos países atingidos é sobre a qualidade das construções que vieram abaixo. 

O número de mortes por causa do terremoto de magnitude 7,8 que atingiu na semana passada a Turquia e a Síria passou da marca de 40 mil pessoas. 

O ministro da Urbanização da Turquia, Murat Kurum, disse que cerca de 42.000 edifícios desabaram, precisam urgentemente de demolição ou foram gravemente danificados em dez cidades. 

A Justiça da Turquia afirmou que está iniciando processos judiciais contra 130 pessoas que, supostamente, participaram de incorporações de imóveis que foram construídos com má qualidade e de forma ilegal, sem observar as regras de engenharia que os tornariam mais resistentes a tremores de terra.

Com base nos dados disponíveis, a Extreme Event Solutions espera que a perda total exceda US$ 20 bilhões, com perdas seguradas provavelmente ultrapassando o limite de US$ 1 bilhão. 

Isso destaca a vasta lacuna de proteção (disparidade entre perdas econômicas e seguradas pós-evento) que existe na região, com uma expectativa de US$ 19 bilhões ou mais da perda total não sendo coberta pelo seguro, o que significa que os governos arcarão com a grande maioria dos conta.

Que o governo Lula, que relança o Minha Casa Minha Vida, fique atento a índole das construtoras e à qualidade das construções. 

Que use as seguradoras como gestoras de riscos. 

O Brasil não tem histórico de terremotos, de corrupção em licitações que acabam em contratos que não são finalizados e de centenas e centenas de imóveis entregues sem condições se serem habitados pela população, principalmente a de baixa renda, na última década. 

Há também alguns prédios que ruíram por erros de construção

Bom lembrar que as seguradoras são mitigadoras de riscos. 

Se elas não aceitarem o seguro, é porque o risco de perda, financeira e humana, é extremamente elevado.



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