Crise derruba seguros com proteção contra incêndios


Venda de apólices que cobrem danos causados por fogo teve duas quedas anuais consecutivas


Incêndio de grandes proporções em um prédio de 24 andares no Largo do Paissandu, região central de São Paulo, na madrugada desta terça feira (01) Corpo de Bombeiros de São Paulo/Divulgação/

Prédio desaba durante incêndio no centro de SP

Um incêndio de grandes proporções atingiu dois edifícios na área central da capital paulista

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A crise econômica dos últimos anos levou empresas de pequeno porte a deixarem de contratar seguros e, com isso, a receita com a venda de contratos que cobrem incêndios teve sucessivas quedas.

Um evento como o fogo no edifício Wilton Paes de Almeida, no centro de São Paulo, não influencia a busca por apólices, afirma Danilo Silveira, diretor da comissão de riscos da FenSeg (federação de empresas de seguros gerais).

Há pouco impacto porque o produto já é conhecido, diz ele.

A proteção contra incêndios costuma estar prevista nas modalidades de seguros residencial, condominial e empresarial.

“A cobertura mínima para esses planos prevê ressarcimento em casos de fogo, raio e explosão”, diz José Varanda, da Escola Nacional de Seguros.

Para as pequenas empresas, o custo de ter um plano pode ser relativamente alto e, com a instabilidade na economia, os responsáveis deixaram de contratar, afirma.

Na comparação do primeiro trimestre deste ano com 2017, o total arrecadado com apólices diminuiu 1%.
Foi a segunda queda consecutiva. O desempenho foi 9% pior no começo do ano passado, na comparação com o mesmo período de 2016.

A sinistralidade (incêndios de patrimônio dos clientes) gira em torno de 0,4%, diz Silveira. “É uma frequência baixa, mas a periculosidade é muito alta, os danos são severos.”




FOLHA DE SÃO PAULO
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