A renovação do acordo de acionistas da Vale, que
vence em abril do ano que vem, está pondo em lados opostos os sócios privados
(Bradesco e Mitsui) e o grupo formado pelos fundos de pensão estatais e o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O foco de tensão está
em um pedido dos fundos para receber um prêmio de controle por um lote de
ações, que, no passado, foi desvinculado do atual acordo de acionistas.
Além disso, a intenção é cortar pela metade a duração
do novo acordo, para dez anos, apurou o ‘Broadcast’, sistema de notícias em
tempo real do Grupo Estado. Hoje, o atual acordo equilibra os poderes entre os
acionistas na Valepar, empresa formada pelos controladores da mineradora. Sem
esse acordo, os fundos se tornam os maiores acionistas da Vale e os sócios
privados passam a ter menos força para influenciar os rumos da companhia
O Estado de S. Paulo