BC prepara modelo de 'open banking' para ser implementado já em 2019


O Banco Central definirá, até dezembro, um modelo geral para o funcionamento do "open banking" no país para ser implementado a partir do ano que vem. Em linhas gerais, essa tecnologia possibilita a terceiros acessar e até mesmo movimentar recursos de contas bancárias - desde que com a autorização do cliente. O princípio é que os dados financeiros são dos usuários, e não das instituições financeiras.

A formatação pelo BC, já em discussão com os bancos, vai delimitar questões como a sistemática de compartilhamento dos dados bancários dos clientes, escopo de serviços que podem ser oferecidos e tipo de empresas que podem atuar nessas plataformas abertas, além de prazos de implementação. No mercado, uma das grandes expectativas é em que medida os bancos serão estimulados, ou até forçados, a fornecer os dados de seus clientes, quando autorizados por eles. Bancos e empresas de tecnologia financeira, as "fintechs", também especulam sobre as vantagens e desvantagens de o órgão regulador padronizar a forma de comunicação dos bancos com terceiros.

No open banking, as instituições financeiras disponibilizam informações sobre seus clientes a outras empresas por meio dos chamados APIs, interfaces de programação digital. Esse compartilhamento automatizado abre espaço para a oferta de uma ampla gama de serviços financeiros por diferentes instituições em um mesmo ambiente digital. O modelo também permite ao usuário final dar início a pagamentos nessa plataforma, autorizando o débito de uma de suas contas bancárias, por exemplo, para quitar parcelas de financiamento que tenha contratado com outro banco ou fintech ou para a compra de um produto ou serviço.



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