Por
que cidade americana vai taxar empresa que paga salário muito alto ao chefe.
San
Francisco é sede de muitas grandes empresas; autor da medida afirma que
'grandes empresas que podem pagar salários multimilionários todos os anos
(também) podem pagar mais impostos'.
Os eleitores de San Francisco, uma das cidades mais caras dos Estados
Unidos e onde há profunda desigualdade econômica, acabam de aprovar uma medida
para taxar empresas que pagam ao seu executivo-chefe remuneração
desproporcionalmente mais alta que a média salarial dos funcionários.
Apelidada
de "taxa do CEO", a
nova regra, aprovada em consulta popular na eleição de 3 de novembro, afeta empresas
nas quais o executivo com a remuneração mais alta ganha pelo menos cem vezes
mais que a média paga aos demais empregados.
Essas empresas pagarão adicional
de 0,1% sobre o imposto anual.
Esse
percentual aumenta conforme a diferença salarial.
Nas
companhias em que o CEO recebe 200 vezes mais que a média salarial, o adicional
será de 0,2%, e assim por diante, até o limite de 0,6%.
Além
de salário, o cálculo da remuneração recebida pelos executivos inclui bônus,
opções em ações, propriedades e outros benefícios.
Para
evitar a cobrança, as empresas poderão reduzir a remuneração dos CEOs ou
aumentar o salário dos funcionários.
"É
uma medida fiscal muito simples e direta", disse antes da votação o autor
da proposta, Matt Haney, que é membro do Conselho de Supervisores de San
Francisco, órgão legislativo da cidade.
"Grandes
empresas que podem pagar salários multimilionários todos os anos (também) podem
pagar mais impostos."
No Brasil, CEO de grande empresa ganha em média 75 vezes mais que
funcionários
G1