O
secretário nacional de Previdência Social, Marcelo Caetano, afirmou nesta
quinta-feira (17) que, sem a reforma da Previdência, o governo terá de propor
"medidas mais fortes" que as já apresentadas. Caetano participou de
audiência no Senado.
Enviada
pelo governo no ano passado, a reforma está em análise no Congresso Nacional. O
projeto já foi aprovado pela comissão especial da Câmara, mas ainda precisa ser
votado pelo plenário para, então, seguir para o Senado.
"Caso
a reforma não venha a ser aprovada, significa então que, em um futuro muito
próximo, vai ser necessário o encaminhamento de uma outra proposta com medidas
que sejam ainda mais fortes do que aquelas que nós propusemos", declarou
Marcelo Caetano.
"Cremos
que seja possível, com esforço, objetivando o bem do país, que tenhamos uma
reforma aprovada em outubro. Sempre reconhecendo a soberania do
Congresso", acrescentou o secretário.
Ainda
segundo Caetano, a reforma da Previdência é uma "questão de Estado, não
uma questão de governo".
As
mudanças nas regras previdenciárias são uma das principais medidas defendidas
pelo governo para tentar diminuir o rombo nas contas públicas. No entanto, o
texto, fortemente criticado pela oposição, encontra resistência até na própria
base de Michel Temer.
Apesar da
declaração de Caetano, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), já afirmou que o governo não tem "hoje" os votos mínimos
para aprovar a reforma no plenário.
Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a reforma
precisa do apoio mínimo de 308 votos dos 513 deputados para ser aprovada.
G1