As entidades de
previdência fechada (fundos de pensão) querem a ajuda do mercado de seguros
para evitar um significativo baque em suas contas, provocado pelo aumento da
expectativa de vida da população brasileira.
Isso porque já não são
poucos os beneficiários desses fundos que vivem mais do que projetavam as
previsões realizadas quando ingressaram nos planos, tendência que deve se
consolidar nos próximos anos ou décadas.
Diante desse cenário
ameaçador, a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência
Complementar (Abrapp) passou a ver como “extremamente positiva” a Resolução
345/17, do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), que permite o
compartilhamento de alguns riscos com seguradoras.
Em linhas gerais, essa
norma estabelece que, a partir de agora, os fundos de pensão poderão
terceirizar a cobertura de riscos de longevidade contratando seguradoras. “Essa
medida está em linha com o que acontece na maioria dos países”, afirma o
vice-presidente da entidade, Luiz Brasizza.
Ele acrescenta que, a cada
ano, as fundações atualizam suas projeções de longevidade para identificar
eventuais desvios de premissas. Com a nova resolução do CNSP, esses riscos
poderão ser mitigados por meio da contratação de seguros.
Para a Abrapp, o novo
normativo é “o ponto de partida” para as companhias seguradoras desenvolverem
os seus produtos com vistas ao mercado de previdência complementar fechada.
A entidade aponta como riscos que poderão ser segurados os de
sobrevivência de assistidos pelos fundos fechados e o de desvios de hipóteses
biométricas.
Segs