O Ministério Público Federal (MPF)
apresentou na última quarta-feira, 17 de maio, denúncia contra 14 pessoas
envolvidas nas operações realizadas no Fundo de Investimento em Participações
(FIP) Cevix. Entre os denunciados estão os ex-diretores da Funcef Demósthenes
Marques, Guilherme Lacerda, Luiz Philippe Peres Torelly, Antônio Bráulio de
Carvalho, Geraldo Aparecido da Silva, Sérgio Francisco da Silva, Carlos Alberto
Caser e José Carlos Alonso Gonçalves.
Também foram denunciados pelo MPF
Roberto Carlos Madoglio, ex-superintendente Nacional de Fundos de Investimentos
Especiais da Caixa; José Antônio Sobrinho, ex-vice-presidente da Engevix;
Gerson de Mello Almada e Cristiano Kok, sócios da Engevix; e Milton Pascowitch,
empresário e lobista; e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
A ação penal foi elaborada no âmbito
da Operação Greenfield, da Polícia Fderal (PF) que investiga investimentos
irregulares realizados nos grandes fundos de pensão. A denúncia acusa o grupo
de praticar gestão fraudulenta, tráfico de influência e lavagem de dinheiro que
ocasionaram em perdas de R$ 402 milhões à Funcef. O MPF aponta para uma
sobreprecificação dos ativos viabilizada por meio de avaliação
econômico-financeira irreal e tecnicamente irregular.
Acusações - Segundo o MPF, em 2008 foi iniciado o processo de
criação da Cevix Energia Renováveis, ficando estabelecido que a companhia
receberia investimentos do FIP Cevix, criado pela construtora Engevix e gerido
pela Caixa Econômica Federal. O fundo de pensão acabou investindo mais que o
planejado no FIP.
Segundo o MPF, uma ação conjunta
entre a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e
Receita Federal que contribuíram com o trabalho investigativo. O MPF defende a
condenação dos 14 denunciados pelas práticas atribuídas a cada um dos
envolvidos, cujas penas máximas somadas chegam a 94 anos reclusão. Foi solicitado
ainda um valor mínimo para a reparação da Funcef. O MPF sugeriu que o valor
dessa reparação seja de R$ 1,2 bilhão
Investidor Institucional