O dólar retornou terça-feira (13) ao patamar
de fechamento de R$ 3,80 que não atingia desde o início de outubro, conforme
investidores aguardam definições de nomes e políticas da equipe econômica do
presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), mas se frustram com perspectivas para a
Previdência.
O dólar comercial subiu 1,99%, cotado a R$
3,832, na máxima do dia. A última vez que o dólar fechou nesse nível foi em 5
de outubro, antes das eleições, a R$ 3,858.
O Ibovespa, índice que reúne as ações mais
negociadas da Bolsa brasileira, recuou 0,76%, a 84.875,77 pontos, puxada
sobretudo pela Petrobras. A estatal sofre com a queda do petróleo no mercado
internacional devido a preocupações sobre o enfraquecimento da demanda global e
excesso de oferta do produto.
Pela manhã, Bolsonaro anunciou a indicação do
general da reserva do Exército Fernando Azevedo e Silva, atual
assessor especial do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias
Toffoli, para o cargo de ministro da Defesa. Na véspera, o novo
governo confirmou também o nome de Joaquim Levy à frente do BNDES.
Há indicações de que a equipe de Bolsonaro
tem interesse em manter Ilan Godfajn no cargo, que só não
ficaria se não quisesse.
Apesar de boa parte do mercado já ter
precificado que uma reforma da Previdência não sairia neste ano, indicações de
Bolsonaro e sua equipe na segunda confirmando a tendência também ajudaram a
azedar o humor dos investidores neste pregão.
DINHEIRAMA