GOLPE DIGITAL


67% dos brasileiros têm medo de sofrer um golpe digital.

Pesquisa indica quais são os principais receios dos brasileiros em relação ao Pix e especialista explica como lidar com esse medo

Desde que foi lançado pelo Banco Central, em 2020, o Pix se tornou o meio de pagamento mais usado pelos brasileiros. 

Só em 2022, foram feitas 29,2 bilhões de transações instantâneas pela ferramenta, segundo dados do Prime Time for Real-Time Report, da ACI Worldwide e GlobaData 2022.

Porém, mesmo assim, dois em cada 10 brasileiros ainda tem medo de usar o Pix e 67% têm medo de sofrer um golpe digital.

Essa preocupação não é à toa. Uma nova pesquisa, feita pela Silverguard, fintech especializada em segurança financeira, mostrou que pelo menos 40% dos brasileiros já sofreram alguma tentativa de golpe digital

Desses, 22% caíram no golpe. Além disso, 9% dos brasileiros já caíram em algum golpe envolvendo Pix e 78% das vítimas caíram mais de uma vez em alguma fraude.

Só em 2022, cerca de 1,7 milhões de solicitações foram feitas ao mecanismo especial de devolução (MED), operação que permite a devolução do valor do Pix caso haja fraude por suspeita de golpe, também segundo o estudo. 

Esse número é 4,5 vezes maior do que o número de roubo de veículos.

Apesar de golpes digitais poderem vitimar pessoas de todas as idades, o prejuízo é oito vezes maior em uma pessoa com mais de 60 anos (média de R$ 5.400 por golpe) do que para pessoas entre 18 e 39 anos (média de R$ 680 por golpe). 

A média do prejuízo de um golpe com Pix é de R$ 3.000, aproximadamente dois meses da renda média do brasileiro.

De todas essas fraudes, 70% são iniciadas por redes sociais, sendo o WhatsApp o principal meio (38%), seguido pelo Instagram (22%) e Facebook (10%). Apesar disso, é preciso entender que o Pix não é o verdadeiro vilão.

“O Pix acaba parecendo o culpado devido ao seu enorme sucesso e à democratização financeira, mas possivelmente os golpes aconteceriam com outros meios de pagamento ou transferência, ou seja, o verdadeiro vilão não é o Pix mas sim a supercriatividade e a elaboração dos golpes de engenharia social”, comenta Márcia Netto, CEO da Silverguard.

O estudo da Silverguard contou com três fases:

  1. Análise de dados sobre as solicitações do mecanismo de devolução do Pix (MED) do Banco Central, por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), dos meses de dezembro de 2021 a maio de 2023
  2. Entrevista on-line com 1910 brasileiros, através de um questionário estruturado de 30 perguntas, entre junho e julho de 2023
  3. Análise de 5 mil denúncias do SOS Golpe, durante maio a julho de 2023

Foram entrevistados 677 homens e 1217 mulheres e a maior parte (881) tinha entre 40 e 59 anos. Além disso, a maioria dos participantes era da classe B (632), seguida por classe C (588), classe DE (267) e classe A (239).



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