Taxa de natalidade cai rápido e em 2064 poderá ficar abaixo da
mortalidade, diz a OCDE.
As quedas nas taxas de natalidade, um dos
combustíveis do envelhecimento da população, tem sido uma aflição para os
economistas preocupados com o fato de as sociedades envelhecendo podem diminuir
a força de trabalho e pressionar ainda mais os regimes de caixa da Previdência.
Um novo estudo da Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) afirma que o declínio das taxas
de natalidade alterará permanentemente a composição demográfica das maiores
economias do mundo durante a próxima década.
Se as previsões se confirmarem,
2064 será o primeiro ano na história moderna em que a taxa de mortalidade
global ultrapassará a taxa de natalidade.
Mas as maiores economias do mundo já estão
quase lá: a taxa de fertilidade total entre os 38 países membros da OCDE caiu
para apenas 1,5 filho por mulher em 2022, contra 3,3 filhos em 1960.
Isso está
bem abaixo do “nível de substituição” de 2,1 filhos por mulher necessário para
manter populações constantes.
O resultado significa que a oferta de
trabalhadores em muitos países está diminuindo rapidamente.
O número de pessoas com 65 anos ou mais para
cada 100 pessoas em idade ativa deve dobrar nos próximos 40 anos, partindo de
30 em 2020 para 59 em 2060 em todos os países da OCDE.
Na década de 1960, havia seis pessoas em idade
ativa para cada aposentado, segundo o Fórum Econômico Mundial. Hoje, a
proporção está mais próxima de três para um. Em 2035, espera-se que seja de
dois para um.
PREVDIGEST