CRIPTOMOEDAS


EUA colocam bancos e corretoras de criptomoedas na mira por ajuda a oligarcas russos.

Departamento de Justiça americano criou força-tarefa para investigar desvios às sanções.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos disse que bancos, corretoras de criptomoedas e outras instituições financeiras que atendem aos oligarcas russos sancionados pelo governo americano estarão em sua "mira", ao detalhar a agenda de uma força-tarefa especial criada para aplicar sanções em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia.

Uma autoridade graduada da Justiça disse na sexta-feira (11) que a força-tarefa "KleptoCapture", lançada na semana passada, terá uma visão ampla, olhando não apenas para as partes conhecidas por ajudar as pessoas sancionadas.

"Instituições financeiras, bancos, serviços de transferência de dinheiro, corretoras de criptomoedas que deliberadamente falham em manter políticas e procedimentos adequados de combate à lavagem de dinheiro e permitem que esses oligarcas movimentem dinheiro [...] estarão na mira desta investigação", disse a autoridade.

A força-tarefa também terá como alvo contadores e advogados que ajudaram indivíduos sancionados.

O Departamento de Justiça está lançando uma ampla rede em sua investigação, enquanto busca intensificar a aplicação das sanções dos EUA com a força-tarefa, que inclui um conjunto de órgãos judiciais, como o FBI e o Serviço Secreto dos EUA.


Desde o início da invasão da Ucrânia, os EUA impuseram sanções a grandes bancos, a pessoas importantes e ao banco central da Rússia, uma lista que ainda pode crescer. Washington também mirou autoridades russas críticas, como o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e o presidente Vladimir Putin.

Os EUA também aplicaram sanções a alguns oligarcas, incluindo o financista bilionário Alisher Usmanov, bem como a alguns familiares da elite russa.

Na tarde de sexta, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou novas sanções a três familiares imediatos de Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, bem como a membros do conselho administrativo do VTB, o banco russo sancionado no mês passado, e 12 legisladores russos.



FOLHA DE SÃO PAULO
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