Aumenta pessimismo do brasileiro com situação
financeira, aponta Febraban.
75%
dizem que juros, inflação e custo de vida tendem a aumentar nos próximos 6
meses.
Em meio às incertezas quanto ao quadro econômico e
político do Brasil nos próximos meses, a reabertura da economia provocada pela vacinação não
tem sido suficiente para animar os brasileiros quanto às perspectivas de
crescimento da economia no curto prazo.
Com relação à própria situação
financeira, o pessimismo aumentou.
Segundo a terceira edição da pesquisa trimestral
Radar Febraban de evolução da expectativa econômica dos brasileiros, cerca de
dois terços dos entrevistados disseram esperar por sinais mais consistentes de
melhoria da economia somente a partir do ano que vem, em linha com os
resultados extraídos em junho.
Na outra ponta, apenas 9% acreditam em uma
recuperação firme da atividade doméstica ainda em 2021.
O levantamento mostrou também que cerca de 55% da
população diz não esperar que a própria situação financeira se recupere
ainda em 2021.
O resultado representa uma ligeira deterioração na
percepção dos entrevistados –em junho, foram 52% os que disseram não ver
perspectivas de melhorias em sua situação.
Apenas 18% responderam ter a
expectativa de melhorar a situação financeira neste ano, queda de cinco pontos
percentuais em relação a junho.
A pesquisa foi
realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe)
com 3.000 pessoas entre os dias 2 e 7 de setembro.
A margem de erro é de 1,8
ponto percentual para mais ou para menos.
A pesquisa
mostra ainda a predileção pelo investimento em imóveis: 34% dos entrevistados
expressaram ter a compra de um imóvel como alternativa preferencial de
investimento, caso a situação financeira melhore e sobre algo no fim do mês. Em
junho, 27% haviam assinalado tal opção.
FOLHA DE SÃO PAULO