Sete a cada dez idosos estão aposentados e, entre este
público, 21% exercem uma atividade remunerada para conseguir pagar as contas no
fim do mês. Dos que atuam profissionalmente, 43% relatam dificuldades em
conseguir um serviço, alegando, principalmente, preconceito de idade. As
informações são de um estudo feito pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito)
Brasil em conjunto à CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas).
O levantamento revela também que nove a cada dez idosos
contribuem financeiramente com o orçamento familiar, sendo que 43% são os
principais provedores.
O economista e professor da USP Hélio Zylberstajn,
coordena a criação de um projeto com regras especiais para empregar os
mais velhos, com jornada máxima de 25 horas semanais e isenção de contribuição
previdenciária. “Pensamos em criar o equivalente ao regime de estágio dos
estudantes só que para os aposentados. As necessidades são diferentes”, diz ele
sobre o Reta (Regime Especial de Trabalho do Aposentado), criado pela Fipe
(fundação de pesquisas) a pedido Instituto de Longevidade Mongeral Aegon.
A matéria que tenta mostrar que os idosos sofrem na
condição de consumidores de bens e serviços, uma vez que as empresas estariam
despreparadas para atender a esse público que tem se alargado com o processo de
envelhecimento da população. Pesquisa da SeniorLab mostra que 48% dos
pesquisados já sofreram tentativa de serem enganados e 32% se ressentem da
impaciência no atendimento que lhes é prestado. Um outro dado é que 45% sentem
dificuldades para enxergar os rótulos dos produtos.
FOLHA DE SÃO PAULO