Em meio ao boom de
operadoras de planos de saúde verticalizadas, o sistema Unimed pretende
investir, neste ano, cerca de R$ 1 bilhão para a construção de sete hospitais
próprios nas regiões Sudeste, Sul e Norte. Esse é o mesmo montante aplicado nos
dois anos anteriores. "Há uma tendência de aumento da verticalização para
que os nossos hospitais façam boa parte dos atendimentos", disse Orestes
Pullin, presidente da Unimed do Brasil, entidade que reúne as 344 cooperativas
médicas do país.
Pullin afirmou, no
entanto, que as internações não serão 100% realizadas em hospitais próprios,
mas existe uma orientação deliberada para que as Unimeds invistam em rede
própria de atenção médica primária.
Hoje, há cerca de
300 mil usuários de planos de saúde das Unimeds que obrigatoriamente passam por
uma triagem, feita por um clínico geral, antes de serem encaminhados a um
médico especialista. "Não vamos ter um modelo como da Hapvida [predominantemente
verticalizado]. Temos uma rede credenciada com 3 mil hospitais. Se deixarmos de
trabalhar com esses hospitais, em especial as Santas Casas, teremos um problema
sistêmico no setor", disse.
A taxa média de
sinistralidade das Unimeds é de 84%, contra 60% da Hapvida, que faz 95% de suas
internações em hospitais próprios.
VALOR ECONÔMICO