FUNDOS DE PENSÃO


Os fundos de pensão foram amplamente afetados pela crise nos mercados e boa parte não atingiu a rentabilidade mínima esperada dos investimentos para cumprir seus compromissos - conhecida como meta atuarial - nos quatro primeiros meses de 2020.

Estudo com os resultados de clientes da consultoria Aditus apontou que 87% das fundações não tinham atingido as metas até março, pressionadas pelo recuo de 36,45% dos investimentos em bolsa. 

A mediana das rentabilidades no período apontava para perdas de 3,53%, ante um objetivo de 1,66% (INPC - que ficou negativo no período - mais 4,6%)

Com a valorização do Ibovespa de mais de 10% em abril, o resultado negativo consolidado caiu para 2,24%. 

Mas, ainda assim, 85% das fundações não atingiram o objetivo de 1,8%. A amostra considera 119 fundos de pensão, que somam mais de R$ 200 bilhões de patrimônio.

Na Petros, até o terceiro trimestre, as perdas, considerando o resultado consolidado, foram de 14,2%. 

Com a recuperação dos ativos em abril, o resultado negativo caiu para 10%. Apesar disso, em 18 meses o resultado ainda é positivo e equivale ao dobro dos ganhos do CDI, compara o diretor de investimentos, Alexandre Mathias.

Na Previ, o resultado do plano de benefício definido ficou negativo em R$ 24 bilhões no primeiro trimestre, também pressionado pelas perdas com renda variável.

Mas a ideia de aumentar o risco do portfólio permanece, segundo o sócio da consultoria Aditus, Guilherme Benites “A renda fixa está pagando a conta mas não vai pagar por muito tempo. 

Não vejo possibilidade de as entidades desistiram de migrar para mais risco”, disse o sócio da Aditus. 

E as fundações que já tinham uma carteira mais diversificada e sofisticada sofreram menos, lembra.

 



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